Seminário de Encerramento




O Seminário de Encerramento do Projecto Sinergias terá lugar em Braga, no auditório do Instituto Português da Juventude, pelas 15h00.

A acção será ministrada pela coordenadora do projecto, Drª Benedita Aguiar, que fará a contextualização do Projecto Sinergias e apresentará as actividades concretizadas nesse âmbito. O Seminário contará também com a presença do Dr. Carlos Aguiar Gomes (Presidente da Associação Famílias), que discursará enquanto presidente da entidade promotora do projecto. A convidade especial deste seminário, Dr.ª Sílvia Fernandes (Docente da FACIS - Universidade Católica Portuguesa, pós-graduada em Economia Social pela Universidade de Coimbra e Mestre em Desenvolvimento e Inserção Social pela - Faculdade de Economia da Universidade do Porto), falará acerca da Importância dos Projectos Sociais na Promoção da Igualdade de Género. Um dos resultados mais relevantes deste projecto foi a Investigação, que teve como principal objectivo criar um “Mapa de género” entre o espaço púbico e espaço privado em Braga e Bragança.Os resultados gerais desta investigação serão expostos pela Drª Daniela Monteiro(Técnica de Serviço Social do Projecto Sinergias e Docente na Universidade Católica).
Este seminário servirá também, e mais uma vez, para sensibilizar para a promoção e reflexão sobre as questões inerentes às temáticas do projecto: cidadania e género, luta contra a violência doméstica e luta contra o tráfico de Seres Humanos.

Tertúlia: “Conciliação da vida profissional e familiar” - Bragança



A tertúlia realizar-se-á no dia 22 de Outubro em Bragança e contará com 8 participantes principais que debaterão como questão central a “Conciliação da vida profissional e familiar”, com o objectivo de encontrarem medidas para uma melhor conciliação das responsabilidades profissionais e familiares, que constitui uma faceta essencial das sociedades modernas. Neste processo sobressaem-se duas vertentes: por um lado a inclusão equitativa das mulheres no mundo do trabalho e por outro a responsabilização dos homens nas tarefas domésticas.

No final a tertúlia será aberta a comentários e/ou questões da plateia.

Tertulianos:

- Daniela Monteiro (Mestra em Serviço Social; Técnica de Serviço Social do Projecto Sinergias e Docente na Universidade Católica)
- Benedita Aguiar (Coordenadora do Projecto Sinergias,mestra em Psicologia da Saúde, diplomada em estudos avançados em Psicobiologia, mãe de dois filhos)
- Dr. Carlos Aguiar (Presidente da Associação Famílias)
- Ana Cracel (Assistente Social da Associação Famílias)
- Helena Silva (Psicóloga)
- Paula Massa (Administrativa, mãe de dois filhos)
- Regina Silva (Mestra em Comunicação social, Técnica de comunicação do Projecto Sinergias, mãe de um filho)
- Hugo Mendes (informático, pai de um filho)

Tertúlia: “Conciliação da vida profissional e familiar” - Braga



A tertúlia realizar-se-á no dia 15 de Outubro em Braga e contará com 8 participantes principais que debaterão como questão central a “Conciliação da vida profissional e familiar”, com o objectivo de encontrarem medidas para uma melhor conciliação das responsabilidades profissionais e familiares, que constitui uma faceta essencial das sociedades modernas. Neste processo sobressaem-se duas vertentes: por um lado a inclusão equitativa das mulheres no mundo do trabalho e por outro a responsabilização dos homens nas tarefas domésticas.

No final a tertúlia será aberta a comentários e/ou questões da plateia.

Tertulianos:

- Daniela Monteiro (Mestra em Serviço Social; Técnica de Serviço Social do Projecto Sinergias e Docente na Universidade Católica)
- Benedita Aguiar (Coordenadora do Projecto Sinergias,mestra em Psicologia da Saúde, diplomada em estudos avançados em Psicobiologia, mãe de dois filhos)
- Dr. Carlos Aguiar (Presidente da Associação Famílias)
- Ana Cracel (Assistente Social da Associação Famílias)
- Helena Silva (Psicóloga)
- Paula Massa (Administrativa, mãe de dois filhos)
- Regina Silva (Mestra em Comunicação social, Técnica de comunicação do Projecto Sinergias, mãe de um filho)
- Hugo Mendes (informático, pai de um filho)
Seminário “A Diferença Somos Nós” conta com 200 participantes de todo o distrito



A Associação Famílias realizou ontem à tarde, no auditório do Instituto Português da Juventude (Braga), o Seminário intitulado “A Diferença Somos Nós”. O evento foi organizado pelo Projecto Sinergias, promovido pela Associação Famílias e financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano e Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, no âmbito da tipologia 7.3 de Apoio Técnico e Financeiro às Organizações Não Governamentais. O Seminário contou com a presença de 200 participantes, provenientes de diversos concelhos do distrito de Braga, nomeadamente representantes de instituições particulares de solidariedade social, autarcas e comunidade em geral. A abertura do Seminário foi realizada por Rosa Oliveira, representante da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) do Norte que explicou aos presentes o papel da CIG na execução das políticas públicas no âmbito da cidadania e da promoção e defesa da igualdade de género. Rosa Oliveira referiu que são diversas as atribuições da CIG, salientando o apoio à elaboração da política global e sectorial com incidência na promoção da cidadania e da igualdade de género e participação na sua execução; a elaboração de propostas normativas e pareceres nos domínios transversalizados da educação para a cidadania, da igualdade e não discriminação entre homens e mulheres, da protecção da maternidade e da paternidade, da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar de mulheres e homens e do combate às formas de violência de género e de apoio às vitimas. Estas são, pois, algumas das atribuições da CIG, um Organismo essencial na promoção da cidadania e da igualdade de género. Seguidamente, Carlos Aguiar Gomes, Presidente da Direcção da Associação Famílias, sublinhou o empenho que a Instituição tem tido na promoção de acções que visam o alcance da igualdade de género, especificamente em matéria de conciliação entre a vida familiar e profissional e na sensibilização para uma maior participação do homem na esfera privada, designadamente no gozo da licença de paternidade a que tem direito, na realização de tarefas domésticas, na prestação de cuidados de puericultura aos filhos, no envolvimento no processo de ensino-aprendizagem dos filhos, entre outros aspectos essenciais que integram a dinâmica familiar. O Presidente da Associação Famílias sublinhou o imprescindível apoio prestado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, o qual permite ter uma equipa jovem e multidisciplinar que, em articulação com as Instituições públicas e privadas, regionais e nacionais, tem contribuído para efectivar o princípio da igualdade de género. Por fim, destacou o papel do Projecto Sinergias na sensibilização da opinião pública, para o direito à igualdade entre homens e mulheres, assim como no fomento do debate em torno da violência doméstica, de modo a minimizar este fenómeno que afecta sobretudo os mais frágeis emocional, social ou fisicamente. Alfredo Cardoso, Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Braga, salientou o papel da autarquia na promoção da igualdade entre todos os bracarenses, alertando para a necessidade de intervir sobre as discriminações em função da idade, assim como da população portadora de deficiência. Benedita Aguiar apresentou um resumo das acções levadas a cabo no âmbito do Projecto Sinergias, tendo destacado a colaboração de figuras mediáticas no âmbito das acções de sensibilização realizadas, nomeadamente de Jorge Gabriel (Programa Praça da Alegria), da actriz Mariana Monteiro, da banda musical Irmãos Verdades e de figuras reconhecidas da comunidade científica, como é o caso de Júlio Machado Vaz, Manuel Damas, António Machado e Moura, Fernando Póvoas, Arnaldo Saraiva, entre outros. Benedita Aguiar referiu que “o Projecto Sinergias tem sido abraçado por toda a comunidade de uma forma muito especial, destacando-se um envolvimento notório de figuras mediáticas, o que assume uma importância preponderante, pois aquelas figuras constituem «modelos» para muitas pessoas e, ao combaterem a violência doméstica, podem ter um impacto maior na reestruturação cognitiva e comportamental destas últimas”. Benedita Aguiar destacou ainda “a excelente cobertura dada pela RTP, assim como pelo Jornal Diário do Minho, um jornal de referência na Região Norte”. Revelou ainda que o Projecto colaborou com diversas instituições, designadamente com o Estabelecimento Prisional de Bragança, a Organização Sindical CGTP e brevemente irá encetar uma colaboração com o Estabelecimento Prisional de Braga. Manuela Marinho, Especialista em Questões de Género, sublinhou a importância dos fundos comunitários, na mudança de paradigma em matéria de igualdade de género, uma variável que sofreu evoluções muito significativas nos últimos anos. Manuela Marinho frisou, igualmente, o contributo das orientações nacionais e internacionais, assim como a importância das intervenções multidisciplinares e multidimensionais que, abrangendo todas as esferas da vida, permitiram o desenvolvimento de uma cidadania activa. A Especialista alertou para a necessidade das intervenções “mexerem com a cabeça e com o coração das pessoas”, para que assim possa haver alterações atitudinais e comportamentais em matéria de igualdade de género. Por último, é de registar a intervenção de António Magalhães, doutorado em Estudos de Política e docente da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Com o objectivo de repensar as "políticas da diferença" à luz das mudanças promovidas pelas chamadas Sociedade e Economia do Conhecimento, António Magalhães, colocou sob a égide do conceito da diferença e da preocupação da política enquanto forma de gerir, através da utilização do saber-poder, as relações sociais e as reivindicações que provêm de novas formas de cidadania. Apontou, ainda, os modelos de conceptualização e de legitimação da relação com as diferenças, como sendo quatro: o modelo etnocêntrico: o outro é diferente devido ao seu estado de desenvolvimento (cognitivo, social e cultural). O modelo da tolerância: o outro é diferente, mas a sua diferença é lida através de um padrão que reconhece essa diferença como legítima e, assim, a ser tolerada. O modelo da generosidade: o outro é diferente e essa diferença é assumida como uma construção do próprio Ocidente. O modelo relacional: o outro é diferente mas ‘nós’ também somos! A diferença reside na relação entre diferentes, salientou. No encerramento do seminário, Daniela Monteiro, Técnica do Projecto Sinergias, referiu que a dinâmica do mesmo, com forte carga mediática, “só tem sido possível devido ao apoio incondicional da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, enquanto Organismo Intermédio no seio do Programa Operacional Potencial Humano”. Aquele Organismo, para além do apoio financeiro, “tem disponibilizado um manancial de meios, designadamente bibliografia, que permitem enriquecer as intervenções realizadas e os recursos didácticos produzidos”, terminou.

Notícas sobre o Projecto Sinergias










Mariana Monteiro apoia o Projecto Sinergias no combate à violência no namoro

A actriz Mariana Monteiro realizou ontem um testemunho contra a violência doméstica, o qual integrará o vídeo pedagógico sobre aquela temática. Este vídeo, que integra o guia de recursos do Projecto Sinergias, será transmitido nas diversas acções de sensibilização a realizar, designadamente em escolas, colégios, instituições particulares de solidariedade social, estabelecimentos prisionais, entre outras entidades que trabalhem com jovens e jovens adultos.
Sendo Mariana Monteiro, uma referência para muitos jovens, o Projecto Sinergias crê que o seu testemunho pode contribuir para mudar atitudes e comportamentos, designadamente no que toca à violência no namoro. Mariana Monteiro salientou que “é importantíssima a participação de figuras mediáticas nas acções de sensibilização contra a violência doméstica.” Referiu, igualmente, que é importante incentivar a denúncia do crime de violência doméstica, pois “isto é um crime”.
Salientou o papel de toda a sociedade, designadamente do poder político e judicial, da comunicação social, que “deve pôr este tema na primeira página”, das famílias e das escolas. Salientou que estas últimas (família e escola) devem “educar para a igualdade e para a tolerância”, pois essa é uma forma de prevenir o fenómeno da violência doméstica, nas suas mais diversas manifestações. Por último, Mariana Monteiro dirigiu a sua palavra às vítimas de violência doméstica: “Por favor não se cale, não desculpabilize e denuncie, não sinta pena do agressor, pois ninguém ama, batendo”.


Mariana Monteiro e Benedita Aguiar, coordenadora do Projecto Sinergias

De acordo com Gover, Kaukien e Fox (2008) este tema tem merecido especial destaque recentemente, pois as investigações sugerem que a violência no namoro é um preditor da violência marital.
É de salientar o trabalho desenvolvido por Carla Machado e Sónia Caridade que, entre outros dados relevantes, referem que existe «tanta violência» no namoro entre os jovens do escalão etário 15-25 anos, como no casamento, sendo que 25% dos jovens já foram vítimas de violência no contexto de uma relação afectiva.
Além disso, a reprodução de comportamentos violentos de geração em geração parece ser uma evidência, registando-se dois dados de extremo relevo: por um lado há uma maior propensão para a produção de comportamentos violentos nas pessoas provenientes de agregados familiares onde a violência doméstica é um facto (Gelles, 1997) e, por outro lado, há uma maior propensão para se ser vítima de violência doméstica quando na família se regista violência doméstica (Gomes et al, 2007).
De acordo com Benedita Aguiar “frequentemente, em nome do amor, são construídas situações de violência emocional e física, que, entretanto são legitimadas em razão do próprio amor”. Nesse sentido, “temos vindo a combater activamente o fenómeno da violência no namoro, mediante a realização de acções de sensibilização destinadas a jovens e jovens adultos”.
A coordenadora da iniciativa salientou a importância do testemunho de Mariana Monteiro, “uma das actrizes portuguesas com maior potencial e cujo sucesso é deixado transparecer pelas suas excelentes interpretações, designadamente na série «Morangos com Açúcar», «Doce Fugitiva», «Fascínios», «Equador» e muito recentemente como protagonista da telenovela «Deixa que te Leve»”.
Saliente-se que este Projecto é promovido pela Associação Famílias com o apoio do POPH e da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.


Projecto Sinergias participa na campanha «Maltrato Zero», que une 22 países ibero-americanos

A campanha designada «Maltrato Zero» (www.maltratozero.com), promovida pela Organização Ibero-Americana de Juventude (OIJ), e em Portugal pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e pelo IPJ, na qual Mariana Monteiro também colaborou, tem como objectivo alertar as sociedades para a necessidade de denunciar situações de violência contra as mulheres e para ajudar a combater esta realidade.
Benedita Aguiar referiu que “qualquer um de nós pode integrar um cartaz com uma frase contra a violência doméstica ou mesmo dar um contributo verbal contra este fenómeno. Quer os cartazes, quer os vídeos, depois de aprovados, serão disponibilizados na internet, podendo estar acessíveis a toda a comunidade”. A coordenadora do Projecto Sinergias referiu ainda que “não obstante ser destinada à sociedade em geral, o movimento «Maltrato Zero» está dirigido principalmente à população jovem dos 22 países ibero-americanos.”
Terminou referindo que o Projecto Sinergias já aderiu ao movimento, esperando-se uma adesão em massa por parte da comunidade bracarense.

Violência Doméstica - conceito e consequências



Daniela Monteiro, responsável de acção social do projecto e docente da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa, expôs o conceito do fenómeno social da violência doméstica e as suas consequências efectivas, para a vítima e agressor, decorrentes do(s) episódio(s) de agressão.

A equipa do Projecto Sinergias aderiu ao movimento maltratozero... ADERE TAMBÉM.



O primeiro passo para prevenir a Violência Doméstica é a sensibilização, a capacidade para a detectar e a consciência crítica para não a tolerar. Por estas razões, um dos principais objectivos da actual campanha é o aumento da consciencialização dos/as cidadãos/ãs sobre este tipo de violência e o envolvimento da sociedade num compromisso público para a sua erradicação. Esta campanha visa uma actuação mais directa, transmitindo à/ao agressora/agressor uma mensagem inequívoca: a sociedade está alerta e defenderá de forma veemente a vítima.
A ideia-símbolo da Campanha MOSTRA O CARTÃO VERMELHO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA pretende ser o reflexo da repulsa social contra o maltrato, por ser um gesto conhecido de toda a sociedade e, particularmente, no âmbito desportivo: quem não joga “limpo”, fica fora desta sociedade. Cada gesto que mostre o Cartão Vermelho traduzirá a reprovação que todos e todas fazemos do maltrato.
Esperamos que o simbolismo do Cartão Vermelho se generalize e se converta num recurso partilhado de toda uma sociedade que não tolera as agressões e que, de nenhum modo, é cúmplice do maltrato.
Contra a Violência Doméstica, é hora de nos unirmos e actuarmos.
Aqui tens o teu Cartão Vermelho!
Com ele podes expressar a tua repulsa face ao maltrato. Um gesto para manifestares que a violência doméstica não tem lugar na nossa sociedade.

Ligue: 800 202 148 ou 144
www.maltratozero.com

O fenómeno da violência doméstica - consequências físicas e psicológicas



Cátia Silva, licenciada em sociologia pela Universidade do Minho, com actividade na área da formação e consultoria expõe o fenómeno social da violência doméstica, nomeadamente as suas consequências físicas e psicológicas mais comuns.

Entrevistas sobre Violência Doméstica



O presente trabalho foi efectuado no âmbito do Projecto Sinergias, promovido pela Associação Famílias. Este Projecto é financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), eixo 7 (Igualdade de Género), tipologia 7.3 de Apoio Técnico e Financeiro às Organizações Não Governamentais. Dentro das três temáticas chave do Projecto Sinergias, foram elaborados três vídeos pedagógicos sobre: Igualdade de Género, Violência Doméstica e Tráfico de Seres Humanos. O presente vídeo incide sobre a temática da violência doméstica, sendo vários excertos de entrevistas realizadas com o objectivo de sensibilizar para este fenómeno social. Os vídeos acompanham os Guias Pedagógicos do Projecto e podem ser utilizados em acções de sensibilização sobre aquelas temáticas. A Associação Famílias disponibiliza os recursos pedagógicos às entidades que operam naquelas áreas, numa perspectiva de disseminação dos princípios orientadores do Projecto Sinergias. Para a aquisição de uma cópia deste vídeo deverá contactar: projectosinergias@gmail.com ou 253611609

Dr. Manuel Damas colabora com o Projecto Sinergias





Eduardo Sepúlveda(Psicólogo do Projecto Sinergias, Dr. Manuel Damas e Benedita Aguiar (Coordenadora do Projecto Sinergias).

Dr. Manuel Damas - Médico e Professor Universitário. Presidente da Mesa da Assembleia Geral e da Mesa do Congresso do Sindicato Independente de Professores e Educadores - SIPE. Presidente do Conselho Fiscal do Instituto Português de Investigação e Apoio aos PALOP. Presidente da Direcção da Associação CASA - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos. Coordenador da Consulta de Sexologia da Clínica Central da Areosa. Autor da crónica Sexualidades no jornal "O Primeiro de Janeiro". Co-autor do programa televisivo "Sexualidades, Afectos e Máscaras"na Porto Canal, à sexta-feira, às 0.30 hora, em directo e ao Domingo, às 0.00, em diferido.

Projecto Sinergias realiza protocolo de parceria com a União de Sindicatos de Braga


Dirigentes Sindicais da União de Sindicatos de Braga

O Projecto Sinergias, promovido pela Associação Famílias e financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), na tipologia 7.3 de Apoio Técnico e Financeiro às Organizações Não Governamentais estabeleceu um protocolo de parceria com a União de Sindicatos de Braga, cujo objectivo é promover acções de sensibilização, junto dos dirigentes sindicais, no domínio da Igualdade de Oportunidades, designadamente nas temáticas que se relacionam directamente com a esfera laboral.
De acordo com Benedita Aguiar, coordenadora do Projecto Sinergias, “as acções versarão temas diversos, dentro dos quais posso salientar a questão do assédio sexual no local de trabalho, conciliação entre a vida familiar e profissional, maternidade e paternidade, entre outros.” Adiantou que “estas acções assumem uma importância preponderante, uma vez que os dirigentes sindicais, entre outros aspectos, zelam pelo cumprimento do princípio da Igualdade de Oportunidades na esfera profissional. Ao possuírem uma formação mais ampla neste domínio a sua acção será, certamente, mais profícua”.
A primeira acção, que abordou a temática da Igualdade de Género, abrangeu dirigentes sindicais do calçado, malas e afins, da construção civil e madeiras, da indústria metalúrgica, da indústria têxtil e dos transportes rodoviários. Helena Silva, psicóloga que acompanhou a acção, sublinhou o empenho do Coordenador da União de Sindicatos de Braga, Adão Mendes, no desenvolvimento da iniciativa.

Projecto Sinergias mobiliza comunidade científica Arnaldo Saraiva colabora na elaboração de um vídeo pedagógico sobre violência doméstica


Benedita Aguiar (Coordenadora do Projecto Sinergias), Arnaldo Saraiva (Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto) e Eduardo Sepúlveda(Psicólogo do Projecto Sinergias)

O Projecto Sinergias, promovido pela Associação Famílias e financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), na tipologia 7.3 de Apoio Técnico e Financeiro às Organizações Não Governamentais, está a realizar um guia de recursos sobre violência doméstica, igualdade de género e tráfico de seres humanos, três temáticas centrais daquele Projecto. Dentro daqueles recursos destacam-se os vídeos pedagógicos e respectivos guiões técnicos, spots publicitários e documentários sobre as três temáticas do Projecto. Todos os produtos serão disponibilizados à comunidade, especificamente às Instituições que operam no âmbito das temáticas orientadoras do Projecto.
Arnaldo Saraiva, professor catedrático, ensaísta, cronista e poeta colaborou com o Projecto Sinergias, dando um testemunho contra a violência doméstica. De acordo com Eduardo Sepúlveda, investigador na área da Igualdade de Género, “o contributo de Arnaldo Saraiva reveste-se de uma elevada importância, pois permite maximizar a qualidade científica dos produtos efectuados no âmbito do Projecto, assim como o impacto dos mesmos na reestruturação cognitiva e comportamental no domínio da Igualdade de Género”.
De acordo com Benedita Aguiar, coordenadora do Projecto, “do vasto currículo de Arnaldo Saraiva, consta a colaboração no âmbito da Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, em diversos programas da Radiotelevisão Portuguesa, da Radiodifusão Portuguesa (Antena1) e de várias publicações portuguesas e estrangeiras. Assim, todo o manancial cultural de Arnaldo Saraiva foi transposto para o vídeo pedagógico, numa perspectiva de debelar o fenómeno da violência doméstica”.
Este fenómeno, caracterizado pelo exercício de violência explícita ou velada, dentro de casa ou no âmbito familiar deve, de acordo com Arnaldo Saraiva, ser objecto de uma atenção especial, designadamente através do suporte que pode e deve ser dado às vítimas para que consigam quebrar o ciclo de violência e através da prevenção primária daquele fenómeno, não expondo as crianças a imagens que legitimam e promovem a violência doméstica.
Assim, os esforços de combate à violência doméstica não podem ser apenas remediativos, mas sobretudo desenvolvimentais. De acordo com Arnaldo Saraiva, é importante implementar programas de sensibilização junto da comunidade escolar, de modo a diminuir a incidência da violência doméstica nas gerações seguintes, incentivar debates nos meios de comunicação social, assim como consciencializar os educadores para eles próprios serem agentes activos no combate daquele flagelo social.

Carlos Barbot falou de violência doméstica


o presidente da empresa Barbot deu o seu testemunho sobre o tema da violência doméstica, tendo sublinhado a importância da denúncia.
Entretanto, o Projecto Sinergias, promovido pela Associação Famílias e apoiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, tem contado com a colaboração de diversas empresas, nomeadamente na elaboração dos vídeos pedagógicos. Vídeos que versam sobre temas diversos como a Igualdade de Género, a Violência Doméstica e o Tráfico de Seres Humanos, constituindo recursos didácticos de suporte às acções de sensibilização realizadas.
Foi neste âmbito que, recentemente, o presidente da Barbot deu o seu testemunho sobre o tema da violência doméstica, tendo sublinhado a importância da denúncia.
Carlos Barbot considera importante proteger as vítimas e prevenir a revitimação, assim como a necessidade de capacitar e reinserir as vítimas de violência. Em relação ao primeiro aspecto, protecção das vítimas e prevenção da revitimação, considerou pertinente o alargamento da rede social de apoio às vítimas, assim como a reformulação do actual quadro normativo que regula o acesso ao direito por parte das vítimas de violência doméstica.
O orador realçou o facto de, muitas vezes, a vítima ter de sair de casa, para fugir ao quadro de violência, o que inverte aquilo que seria de esperar,ou seja, o agressor sair e a vítima permanecer no seu domicílio.

Utentes do Projecto Homem sensibilizados para a Igualdade



O Projecto Sinergias tem vindo a desenvolver diversas acções de sensibilização sobre a temática da “Igualdade de Género”, tendo como alvo os mais diversos públicos. Desta vez, em colaboração com a Associação Famílias, foi promovida uma acção de sensibilização tendo como destinatários os utentes do Projecto Homem, em Braga.
De acordo com a coordenadora do Sinergias, a parceria entre a Associação Famílias e o Projecto Homem assume uma especial relevância, pois esta instituição tem vindo a desenvolver, desde 1991, um trabalho com sucesso na luta contra a toxicodependência. «De facto, conseguimos atingir um público com o qual ainda não tínhamos trabalhado, isto é, toxicodependentes em recuperação, o que é uma mais-valia para o impacto do Projecto Sinergias, ao nível das questões de género», adiantou Benedita Aguiar.
A acção, ministrada pela psicóloga Helena Silva, teve como suporte o referencial de sensibilização em igualdade de género produzido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e versou quatro grandes temas: “Evolução de mentalidades”, como se constroem, reformulam e aprendem valores; “crenças” e atitudes bloqueadoras; estratégias para reforçar a empatia e a capacidade de ecologia afectiva e desenvolvimento da capacidade de negociação e flexibilidade. Como ajustar as necessidades pessoais às necessidades dos outros.
Nos “Aspectos da situação actual das mulheres e dos homens em Portugal”, foram abordados temas como mercado de trabalho, organização da vida familiar, processos de tomada de decisão, linguagem, violência em função do sexo e saúde reprodutiva. No item “Conceitos”, discutiu-se a igualdade, diferença e desigualdade; papeis sociais de género, aspectos históricos dos movimentos feministas e legislação nacional e comunitária sobre igualdade.
Por último, abordou-se a “Intervenção Integrada para a Mudança.
Neste caso, falou-se do direito como motor da igualdade, cidadania e paridade; coeducação para a cidadania, participação equilibrada dos homens e das mulheres na actividade profissional e na vida pessoal e familiar; metodologias e instrumentos de diagnóstico e de intervenção para a igualdade. Segundo a organização, esta acção demonstra a abertura do Projecto Homem para as questões da igualdade de género, sendo que tal acção permitiu dar um contributo para que os utentes sejam, eles próprios, disseminadores do princípio da igualdade. O Projecto Sinergias é financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano.

Estabelecimento Prisional de Bragança promove formação para os Guardas Prisionais, sobre Igualdade de Género


Edifício da Antiga Câmara Municipal de traça setecentista, em 1897 nele se instalou a Câmara, e no primeiro piso, o primeiro Museu Municipal, o Estabelecimento Prisional de Bragança.
http://www.cm-braganca.pt

O Projecto Sinergias tem vindo a desenvolver diversas acções de sensibilização sobre Igualdade de Género, com o objectivo de afirmar esta questão no seio da comunidade, alertando assim para o fenómeno social e para outros aspectos que lhe são inerentes.
Actualmente, o Projecto Sinergias está a dinamizar uma acção de sensibilização sobre Igualdade de Género, destinada aos guardas prisionais do Estabelecimento Prisional de Bragança.
A acção tem como suporte o referencial de sensibilização em Igualdade de Género produzido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e versará quatro grandes temas: “Evolução de Mentalidades” (como se constroem, reformulam e aprendem valores, “crenças” e atitudes bloqueadoras; Estratégias para reforçar a empatia e a capacidade de ecologia afectiva e Desenvolvimento da capacidade de negociação e flexibilidade. Como ajustar as necessidades pessoais às necessidades dos outros); “Aspectos da Situação Actual das Mulheres e dos Homens em Portugal” (Mercado de Trabalho; Organização da Vida Familiar; Processos de Tomada de Decisão; Linguagem; Violência em função do sexo e Saúde Reprodutiva); “Conceitos” (Igualdade, diferença e desigualdade; papeis sociais de género, aspectos históricos dos movimentos feministas e legislação nacional e comunitária sobre igualdade) e, por último, “Intervenção Integrada para a Mudança” (O Direito como motor da Igualdade; Cidadania e Paridade; Coeducação para a Cidadania, Participação equilibrada dos homens e das mulheres na actividade profissional e na vida pessoal e familiar; metodologias e instrumentos de diagnóstico e de intervenção para a igualdade: acções positivas e transversalidade da dimensão da igualdade nas políticas). No final cada formando fará um guião individual para a promoção da igualdade.
Esta acção demonstra a abertura do Estabelecimento Prisional de Bragança para as questões da Igualdade de Género, sendo que tal acção permitirá dar um contributo para que os guardas prisionais sejam, eles próprios, disseminadores do princípio da Igualdade de Género. Considerando que os Guardas Prisionais integram uma vasta equipa pluridisciplinar cujo objectivo é promover a reinserção dos indivíduos que cumprem a pena, apostando na sua reinserção como Ser Humano com futuro, esta acção de sensibilização procura munir aqueles profissionais de mais conhecimentos para que a sua acção seja mais profícua.

Dr. Fernando Póvoas apoia Projecto Sinergias, promovido pela Associação Famílias


http://www.clinicafernandopovoas.pt


Participação do Nutricionista Fernando Póvoas no Vídeo Pedagógico Interactivo produzido pelo Projecto Sinergias

Dando continuidade à visão comprometida e activa sobre as questões da Igualdade, a Associação Famílias concebeu o Projecto Sinergias como um claro reforço à sua intervenção na comunidade. Este Projecto é financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), eixo 7 (Igualdade de Género) na tipologia 7.3 de Apoio Técnico e Financeiro às Organizações Não Governamentais.
O Projecto em questão prevê a realização de três vídeos pedagógicos interactivos, sendo que cada um deles incidirá sobre a seguinte área: Igualdade de Género, Violência Doméstica e Tráfico de Seres Humanos, três temáticas-chave do Projecto Sinergias. Esses vídeos integrarão o guia de recursos do Projecto e serão utilizados em acções de sensibilização sobre aquelas temáticas. A Associação Famílias prevê a disponibilização dos recursos pedagógicos às Entidades que operem naquelas áreas, numa perspectiva de disseminação dos princípios orientadores do Projecto Sinergias.
A equipa técnica do Projecto tem contado com a participação construtiva de figuras mediáticas, designadamente do cantor Michael Carreira, da Banda Irmãos Verdades, do ex-atleta internacional de Andebol Jorge Rodrigues, da cantora Nicole, entre outros. Desta vez, Fernando Póvoas, médico portuense e Vice-Presidente do Futebol Clube do Porto, também abraçou esta causa, tendo dado um “precioso contributo na constituição do vídeo pedagógico sobre Violência Doméstica”, como referiu Benedita Aguiar, Coordenadora da iniciativa.
Fernando Póvoas referiu, entre outros aspectos, que "a sociedade deverá ser mais activa na luta contra a violência doméstica, caso contrário seremos cúmplices dessa mesma violência." No final deixou o alerta: "As vítimas de violência doméstica não o devem tolerar, devem denunciar..."
De acordo com Regina Silva “o Projecto Sinergias tem contado com o apoio simbólico de diversas figuras públicas, o que se reveste de especial importância nesta área. De facto, a mudança de atitudes e comportamentos é muitas vezes facilitada pela observação de uma figura de referência. Temos mais propensão para ser influenciados por modelos atractivos, repetidamente disponíveis e relevantes para nós, do que por pessoas que por si só não constituem uma referência”. Este dado explica a colaboração activa, no âmbito do Projecto Sinergias, de artistas, atletas, actores e outras figuras com forte carga mediática.
Benedita Aguiar referiu que o Projecto tem dado, daquela forma, visibilidade às questões inerentes às desigualdades entre as pessoas, que persistem nas sociedades actuais, mudando mentalidades/percepções e hábitos, relativamente à questão da igualdade entre Mulheres e Homens que se encontram nas esferas políticas, económicas e sociais. Para alcançar este propósito o Projecto tem dado ênfase ao fundamento da “igualdade de direito, e à desigualdade de facto” que assistimos ainda em pleno século XXI.

"Há marcas que ninguém deve usar"



VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Cartazes publicitários produzidos pela agência GREY (2008)
para a APAV
Campanha "Há marcas que ninguém deve usar"

A APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – tem como missão o apoio à vítima prestando-lhe serviços de qualidade e rege-se, entre outros, pelo princípio da NÃO DISCRIMINAÇÃO em função do género, raça ou etnia, religião, orientação sexual, idade, condição sócio económica, nível de escolaridade, ideologia ou outros.

Os serviços prestados são gratuitos e confidenciais.
Fale. Falar ajuda. Peça ajuda à APAV através da Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e do número único de atendimento:
707 2000 77 ou www.apav.pt – apav.sede@apav.pt

"Há marcas que ninguém deve usar"




Spot Televisivo produzido pela agência GREY (2008)
para a APAV
Campanha "Há marcas que ninguém deve usar"

Vídeo produzido para a
Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG)

Campanha Nacional assinala Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos.
O Tráfico de Seres Humanos abrange uma grande diversidade de realidades, tais como a migração, o crime organizado, a exploração sexual e laboral, as assimetrias endémicas entre os países mais desenvolvidos e os mais carenciados, questões de género, direitos humanos, quebra de suportes familiares e comunitários.

Igualdade de Género


Vídeo Produzido para a
Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG)

É na área da tomada de decisão que o crescimento da presença das mulheres se tem produzido a um ritmo mais lento. Nesta matéria, são fracos os progressos registados ao longo de 30 anos de democracia. Permanece um fosso entre o contributo das mulheres para o desenvolvimento do País e a possibilidade que lhes é dada de tomar parte das decisões que as afectam e que afectam toda a sociedade.
Permanecem mecanismos que contribuem para a sua exclusão social e que impedem que a igualdade consagrada na lei possa ter os reflexos correspondentes na prática.

Seminário “Igualdade de Género: Mitos e Factos”




O Projecto Sinergias, promovido pela Associação Famílias e financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), eixo 7 (Igualdade de Género), tipologia 7.3 (Apoio Técnico e Financeiro às Organizações Não Governamentais/Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género) organizou no dia 30 de Dezembro, pelas 14h30, no auditório do Instituto Português da Juventude, em Braga, um Seminário cujo principal objectivo foi dar a conhecer as diferenças entre mulheres e homens nos diversos domínios da vida social e responder à necessidade de eliminar os estereótipos e as práticas que atentam contra o Princípio da Igualdade de Género.
O evento contou com a presença de várias Instituições, designadamente: o Centro Social e Paroquial de Vieira do Minho, a Associação Juvenil Aldeia Activa, a Associação para o Desenvolvimento dos Interesses de Vila Nova de Sande, a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Vale d’ Este e a Associação Horizontes Sociais.
Regina Silva, técnica do Projecto Sinergias, referiu a importância deste tipo de eventos uma vez que “o conhecimento daquelas diferenças é relevante para que se consiga determinar as mudanças que ainda devem ser operadas em matéria de Igualdade de Género”.

Daniela Monteiro, docente da Faculdade de Ciências Sociais da UCP Braga, e oradora neste Seminário, apresentou uma comunicação subordinada ao tema: “(Des)igualdades de género: reflectindo a divisão das tarefas domésticas”. No decorrer da sua intervenção levantou uma questão estruturante: “Porque razão, hoje em dia, permanece a necessidade de discutirmos as questões relacionadas com a Igualdade de Género?” Dois dos argumentos apresentados tinham a ver com a força dos estereótipos de género que continuam, ainda, a ser determinantes sendo, por isso, fundamental combate-los em todas as áreas, particularmente, na educação e formação, na saúde, no mercado de trabalho, desporto, cultura e comunicação social, como também nos domínios da vida política e pública. Segundo a oradora, o outro argumento a ter em linha de conta é a reduzida participação das mulheres na esfera pública o que contribui em grande parte para a permanência das desigualdades entre homens e mulheres. Como exemplo destas desigualdades está a distribuição (pouco equitativa em muitos casos) das tarefas domésticas. Foi referido que se antes do século XX a mulher era a “fada do lar”, “esposa e mãe”, a partir do início deste mesmo século a mulher entrou no mercado de trabalho, surgindo em espaços que até então estavam dominados pela esfera masculina. Mas tais transformações não resultaram numa passagem de um papel para o outro, mas sim num acumular de papéis (que não constituiria problema caso houvesse uma distribuição equitativa das tarefas domésticas) por isso se fala hoje na “dupla jornada de trabalho da mulher” (que tem um emprego e quando chega a casa tem as lides domésticas a seu cargo).
Daniela Monteiro apontou alguns FACTOS que sublinham a importância da promoção da Igualdade de Género:
- De acordo com o Relatório sobre Violência Doméstica (1º semestre de 2009), publicado pela Direcção Geral de Administração Interna, no passado mês de Novembro, em média, foram recepcionadas no primeiro semestre de 2009, 2433 participações por mês (mais 262 que no período homólogo de 2008), o que corresponde a uma média de cerca de 81 queixas por dia (mais 9 do que no 1º semestre de 2008). Importa ressalvar que 85% das vítimas de violência doméstica foram mulheres e que mais de metade destas encontrava-se no grupo etário dos 25 aos 45 anos (53,7%). Quanto às habilitações literárias das vítimas 72,8% possuía habilitações literárias iguais ou inferiores ao 9º ano e 27,2% possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou superior. A violência doméstica resulta, entre outros factores, do desequilíbrio de poder entre os géneros, muitas vezes perpetuado por estereótipos que legitimam aqueles actos violentos.
- No primeiro semestre de 2009 foram registados 6 casos em que da situação de violência resultou a morte da vítima (2 registados pela GNR e 4 pela PSP), como refere o Relatório sobre Violência Doméstica anteriormente citado.
- Em Portugal, um número expressivo de mulheres trabalha a tempo inteiro. Contudo, continua a atribuir-se àquelas a responsabilidade pela execução das tarefas domésticas. A junção destes dois aspectos faz com que as mulheres sintam muitas vezes dificuldade em conciliar a vida profissional com a vida familiar.
- A feminilização da pobreza é, também, uma realidade. De facto, os dados de diversas investigações indicam que o fenómeno da pobreza afecta mais as mulheres do que os homens. São diversos os aspectos que concorrem para agravar a pobreza nas mulheres: salários em média mais baixos, maior incidência do desemprego entre as mulheres, menor protecção social devido a uma participação mais frágil na actividade económica. Daniela Monteiro acrescentou, ainda, que o facto de as mulheres terem uma maior esperança média de vida, relativamente aos homens, promove situações de precariedade económica e social na velhice, na população feminina.
- A representação mais notória das mulheres nas famílias monoparentais explica, em parte, o fenómeno da feminilização da pobreza.
- A educação contínua a perpetuar estereótipos que reforçam padrões de comportamento para rapazes e raparigas, persistindo na sua hierarquização e, desta forma, contribuindo para intensificar a desigualdade entre cidadãos e cidadãs.
- Não se pode alienar a gravidade do problema do tráfico de seres humanos, assim como a sua dimensão de género, fazendo das mulheres vítimas de redes criminosas de exploração sexual e violência.
Daniela Monteiro apontou alguns FACTOS que revelam o trabalho efectuado no âmbito da promoção da Igualdade de Género, em Portugal:
- O alargamento da rede de equipamentos sociais, designadamente creches, centros de dia, lares de terceira idade, veio facilitar a conciliação entre a vida familiar e a vida profissional.
- Aprovação da Lei da Paridade. A lei fixa em um terço a representação mínima para ambos os sexos nas listas eleitorais e determina a impossibilidade de apresentação, na ordenação das listas, de mais de dois candidatos do mesmo sexo colocados consecutivamente.
- Conciliação da vida familiar e da vida profissional. Aumentou para 10 dias a licença obrigatória para o pai, aquando do nascimento de filho. Criou-se uma licença adicional opcional, desde que gozada simultaneamente pelos dois pais.
- Combate à violência doméstica: alargamento da rede nacional de apoio às vítimas de violência doméstica, com núcleos de atendimento em todos os distritos e aprovação da lei contra a violência doméstica.
- Fim das discriminações de género na carreira militar.
- Reforço do apoio público às iniciativas de promoção da igualdade de género. O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) aumentou significativamente o apoio financeiro às políticas de igualdade de género.
Benedita Aguiar, Coordenadora do Projecto Sinergias, deu a conhecer algumas das acções que têm vindo a ser desenvolvidas no âmbito daquele, designadamente os vídeos pedagógicos com componente interactiva, a investigação “Dicotomia e Separação entre espaço público e espaço privado”, entre outras acções cujo objectivo é, entre outros, promover a Igualdade de Género.
A equipa do Projecto Sinergias agradeceu, de forma especial, à Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género pelo apoio dado ao Projecto, tendo enaltecido o trabalho desta Instituição na promoção da dignidade humana, designadamente no incremento da Igualdade de Género, prevenção da Violência Doméstica e combate ao Tráfico de Seres Humanos.